top of page

Escatologia Calvinista. Parte 4 Milênio__Grupo Verdade do Evangelho

            Calvino fez em suas Institutas as seguintes afirmações em relação ao Milênio:

            Porém pouco depois surgiram os quiliastas, que assinalaram ao reino de Cristo o limite de mil anos. Esse delírio está tão fora de caminho, que não merece resposta. Nem a passagem que ditam do Apocalipse, o qual sem dúvida deu o pretexto a seu erro, em nada favorece sua opinião, já que o número mil que ali se faz menção (Ap 20:4) não deve ser entendido como a bem-aventurança eterna da igreja, mas como as diversas tribulações que a igreja militante (ainda) haveria de ser afligida. (Calvino, Lv III, cap. XXV, 5)

            Em súmula, Calvino não fomentava em seu coração nenhuma esperança milenar que fizesse parte desta presente ordem existencial das coisas, o que seria embair-se por um positivismo simplístico e apriorístico. Antes, via no milênio, o domínio espiritual de Cristo sobre sua igreja. O qual é nesta atual conjuntura limitado pelas contingências, mas que terá sua plenitude a partir da mirífica volta de Cristo. De suas afirmações sobre o milênio podemos depreender o seguinte ensino:

            1) O reino de Cristo não está limitado por um período de mil anos. Para Calvino, delimitar o Reino de Cristo a um período de mil anos é algo que só pode ser classificado como um delírio, devaneio e sandice. Em sua explanação do Reino de Cristo em suas Institutas, mostra que o reino de Cristo é eterno e de natureza espiritual. Para Calvino, Jesus estabeleceu o seu Reino já em seu ministério terreno (Lc 1:33), e tem mantido o domínio do seu Reino sobre a igreja e seus membros, guardando-a das vicissitudes e erros desta presente ordem, de tal forma que ela permaneça sã e salva. No último dia, Cristo entregará o Reino a Deus, o Pai, cumprindo o seu ofício de reger e conservar a igreja que Deus havia confiado em suas mãos.

            Portanto, a natureza do Reino de Cristo não está ligada a sinais exteriores, nem a comodidades externas desta vida. Não está circunscrito a um lugar, à nação de Israel ou a um governo mundial teocrático com sede em Jerusalém; mas reside na consciência e no espírito do povo de Deus. Como Cristo mesmo disse: “Não vem o reino de Deus com visível aparência..., ...porque o reino de Deus está dentro em vós” (Lc 17:20,21).

            2) Não haverá um período milenar aqui na terra após a Segunda Vinda de Cristo. Nisto a posição de Calvino difere da TUG em três pontos: a) Para Calvino, o Reino de Cristo não pode ser limitado por um período de mil anos; b) O Reino de Cristo não pode ser político e circunscrito ao governo teocrático de Deus sobre Israel;

            c) Após a Sua Segunda Vinda terá não o seu começo, mas a sua consumação; o que acontecerá não na terra, mas no Céu.

 

 

 

 

            OBS: A expressão TUG significa Teologia da Última Geração.

 

http://www.verdadedoevangelho.com.br/

  • LinkedIn Social Icon
  • Yelp Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • Facebook Social Icon
  • Google+ Social Icon
bottom of page